20 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Cotidiano

Vazão no Baixo São Francisco será elevada

Medida foi anunciada pela Agência Nacional de Águas (ANA) para analisar as condições hidrológicas na bacia do rio

A defluência no Rio São Francisco será elevada para 700 metros cúbicos por segundo (m³/s) a partir desta terça-feira (18), na região do Baixo. A medida foi anunciada pela Agência Nacional de Águas (ANA) para analisar as condições hidrológicas na bacia do São Francisco e transmitida por videoconferência para os estados banhados pelo chamado rio da integração nacional.

A operação será possível com a utilização da água armazenada no reservatório de Itaparica, em Pernambuco. A previsão é que essa vazão permaneça em janeiro, desta vez com água proveniente do reservatório de Sobradinho, na Bahia.

“A ANA tomou uma atitude prudente em não ter aumentado a vazão na reunião passada, como solicitado. A medida concilia os interesses do Baixo São Francisco, especialmente os do estado de Sergipe, e na próxima reunião desse fórum, iremos analisar as condições do rio para decidir pela implementação ou não da vazão de 800 m³/s”. Joaquim Gondim, superintendente de Operações e Eventos Críticos da agência federal.

Três Marias

Durante a reunião, também foi discutida a defluência no reservatório de Três Marias, em Minas Gerais. Atualmente com a prática de 100m³/s, a vazão deverá ser elevada para 150m³/s a partir de janeiro. De acordo com os dados apresentados durante a reunião, o cenário da bacia do Rio São Francisco continua confortável, quando se leva em consideração a realidade dos últimos cinco anos.

Entretanto, não há plena confiança quanto ao futuro, pelo fato de os registros de precipitação já terem cessado nos últimos dias e se estende para os dez dias seguintes. A previsão do Cemaden aponta para registros de valores insignificantes para a bacia até o final do ano de 2018.

Desde 2013, o Rio São Francisco enfrenta uma severa crise hídrica, o que levou ao controle da vazão natural, de um patamar de 1.300 m³/s para um nível que chegou a 550 m³/s no Baixo e ao controle das vazões, também, no Alto São Francisco.

A redução, realizada de forma paulatina desde quando foi identificada a escassez do líquido, foi considerada pelo setor elétrico como saída para que o manancial não chegasse a níveis alarmantes, pondo em risco até mesmo a sua existência.