A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, foi representada criminalmente na Procuradoria-Geral da República pelo MBL, por se alinhar com Nicolás Maduro, empossado novamente presidente da Venezuela.
O Movimento Brasil Livre alega que ela teria infringido o Artigo 8 da Lei de Segurança Nacional.
O artigo afirma que é crime “entrar em entendimento ou negociação com governo ou grupo estrangeiro, ou seus agentes, para provocar guerra ou atos de hostilidade contra o Brasil”.
“A postura da Gleisi como presidente do PT e seu alinhamento com o Nicolás Maduro, bem como as críticas ao Grupo de Lima, ao qual o Brasil é signatário, acentuaram a hostilidade do ditador venezuelano ao governo brasileiro”, Rubinho Nunes, advogado e coordenador do MBL.
O juramento de Maduro, nesta quinta-feira (10) à Constituição foi feito na Suprema Corte, porque Maduro não reconhece a Assembleia Nacional Venezuelana, dominada pela oposição. Em discurso, Maduro prometeu combater a corrupção e fazer “uma revolução moral” no país.
Segundo Hoffman, a Venezuela um país que tem importantes relações diplomáticas e policiais com o Brasil. “É inaceitável que se vire as costas ou se tire proveito político quando uma nação enfrenta dificuldades.
E conclui dizendo que “o respeito à soberania dos países e a solidariedade internacional são princípios dos quais não vamos abrir mão.”
Oposição venezuelana
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, o parlamentar de oposição Juan Guaidó, apelou à população, aos militares e à comunidade internacional hoje (11) para assumir o poder em substituição ao presidente reeleito, Nicolás Maduro, que tomou posse ontem (10) no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) em Caracas. Guaidó defendeu a realização de eleições gerais no país.
“Eu me apoio nos artigos 233, 333 e 350 da CRBV [Constituição da República Bolivariana da Venezuela] para convocar eleições livres e a união do povo, das Forças Armadas Nacionais e da comunidade internacional para vencer essa usurpação”, Juan Guaidó, líder da oposição venezuelana.
Guaidó pediu que a população se mobilize em todo o país em 23 de janeiro contra o governo de Nicolás Maduro. Segundo ele, com apoio da comunidade interna e externa será possível enfrentar Maduro.
A Assembleia Nacional, formada por 545 parlamentares, foi esvaziada por Maduro. O Parlamento é dominado pela oposição.