Em pronunciamento nesta quarta-feira, no Congresso Nacional, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou o Estato do Desarmamento, uma das bandeiras de campanha do presidente Lula. Em seu ataque, Bolsonaro se comparou a um judeu sendo perseguido por nazistas.
Eduardo B0lsonaro narrou “como Hitler tirou armas de judeus”
Líder da minoria na Câmara dos Deputados, ofilho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, em comparação forçada e sensacionalista, que a medida seria nazista e genocida.
“A gente está aqui para defender o referendo de 2005 e para apresentar, quanto parlamentares, projetos de decreto legislativos para sustar esses decretos presidenciais. Por que? Porque desarmamento já se provou sendo uma lei genocida”.
Eduardo afirmou ainda que o pai “flexibilizou o acesso às armas de fogo” e que isso teria reduzido a criminalidade no Brasil. O ex-presidente, no entanto, defendia a luta armada e uma espécie de guerra civil em seu eleitorado.
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Com discurso de “povo armado nunca será escravizado”, um Brasil viu uma explosão de compra de armas de forma. Tamanha que o Exército não foi capaz, ou simplesmente não quis saber, quantas armas há nas casas dos brasileiros.
Portaria
Na quinta-feira (1) da semana passada, foi assinada uma portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública que determina o cadastro eletrônico de equipamentos no Sistema Nacional de Armas (Sinarm).
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Agora, tdas as armas de uso permitido e de uso restrito devem ser cadastradas no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), em meio eletrônico disponibilizado pela Polícia Federal, ainda que já registradas em outros sistemas.
No cadastro, deverão conter a identificação da arma e a identificação do proprietário, com nome, inscrição no CPF ou CNPJ, endereço de residência e do acervo. A medida vem após a edição do Decreto nº 9.785, de 7 de maio de 2019.
O objetivo do cadastramento é levantar quantas são, efetivamente, as armas registradas no país e onde elas se encontram, para que o governo possa aumentar o controle sobre a circulação desse armamento.
A exigência tem como objetivo concentrar todos os registros de armas em posse da população no Sinarm, incluindo o arsenal mantido pelos CACs, que hoje é controlado e registrado pelo Exército.
O recadastramento também atinge grupos que possuem armas cadastradas no Sigma (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas). Nos últimos quatro anos, o Sigma recebeu o registro de 904 mil armas de CACs, que terão de ser, agora, cadastradas no Sinarm, considerado mais rigoroso e com maior controle.