20 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Vídeo: Fantástico identifica vovó traficante flagrada em atos de vandalismo em Brasília

Além de tentar enganar o INSS para conseguir um benefício, “Dona Fátima” também é investigada por falsificação de documentos

Reportagem do Fantástico identificou entre os vândalos do 8 de janeiro em Brasília a idosa Maria de Fátima Mendonça Jacinto, moradora de Tubarão, em Santa Catarina, de 67 anos.

Ela apareceu em vídeos da invasão depredando patrimônio público dizendo “vamos pegar o Xandão”, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Pra variar, não há nada de “cidadã de bem” em seu currículo: além de tentar enganar o INSS para conseguir um benefício, ela também é investigada por falsificação de documentos. E mais grave: em 2014, ela foi presa em flagrante por tráfico de drogas e, condenada, cumpriu três anos de cadeia.

Nas redes sociais, ela tem múltiplos perfis e se apresenta mais como Fátima Mendonça — com o uso do sobrenome “Jacinto” em alguns perfis, bem como no Instagram.

As publicações do perfil mais recente mostram o apoio de Fátima a pautas bolsonaristas, como o voto impresso e a paralisação de caminhoneiros após as eleições 2022.

Tráfico

A denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina descreve como Fátima foi descoberta por policiais militares que faziam vigília na região, conhecida pelo tráfico de drogas em Tubarão, afirma o órgão:

De madrugada, policiais viram Fátima sair de casa e varrer a calçada, falando em voz alta “vem pra cá que não tem ninguém”, “pode vir pra cá”. Depois disso, um usuário se aproximou e perguntou “tem?” para Fátima, ao que ela respondeu: “Tem”.

Foi quando um um adolescente saiu da garagem de Fátima e deu pedras de crack ao homem. Os policiais então realizaram o flagra. No processo,

Fátima argumentou que usuários de droga “invadiam” sua casa e deixavam entorpecentes no local, porque ela realizava o aluguel de quartos como atividade para renda. Porém, os policiais viram a senhora agir ativamente na ação.

Ela foi condenada a mais de 4 anos de prisão em regime semiaberto. Após recorrer, a pena foi diminuída para 3 anos e 10 meses em restrições de direitos e prestação de serviços à comunidade.