7 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Violência: Dados do IBGE apontam como é perigoso ser negro em Alagoas

Dados mostram que Estado tem a terceira maior taxa de homicídios contra negros no país, e a menor quando o crime é contra não-negros

O Atlas da Violência 2018, do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado nesta sexta (15), mostra que Metade dos homicídios registrados em 2016 ocorreram em apenas 123 cidades brasileiras, que correspondem a 2,2% do total de cidades. Entre elas estão Maceió e Arapiraca.

E os dados mostram que Alagoas tem a terceira maior taxa de homicídios contra negros no país, e a menor quando o crime é contra não-negros. Por essa lógica, ser negro no Estado seria como viver em um local diferente dos brancos.

“É como se os não negros alagoanos vivessem nos Estados Unidos, que em 2016 registrou uma taxa de 5,3 homicídios para cada 100 mil habitantes, e os negros alagoanos vivessem em El Salvador, cuja taxa de homicídios alcançou 60,1 por 100 mil habitantes”, afirma o Atlas, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

Maceió

A capital alagoana reduziu a taxa de homicídio em relação aos anos anteriores, segundo informações do Atlas da Violência 2018, divulgado nesta sexta-feira (15) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. MAceió ocupa a 9ª posição no ranking da violência. Entre os estados, Alagoas é o 2º com maior taxa de homicídios.

Em 2016, a taxa de atendimento escolar para crianças com idade até 3 anos em Maceió era de apenas 25,1. Para adolescentes de 15 a 17 anos, a taxa era de 84,1. Além disso, 27,1% das crianças eram consideradas pobres e 57,3% vulneráveis à pobreza.