6 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Interior

Imóveis e equipamentos da Usina Guaxuma vão a leilão nesta quarta

Bens pertencentes à massa falida da Laginha Agro Industrial devem receber, na primeira praça, lance mínimo de 49% do valor avaliado

Imóveis rurais e o parque industrial da Usina Guaxuma, pertencentes à massa falida da Laginha Agro Industrial, vão novamente a leilão após autorização dos magistrados José Eduardo Nobre, Leandro de Castro Folly, Marcella Pontes de Mendonça e Phillippe Melo Alcântara, que atuam no processo de falência. Os compradores poderão dar lances a partir desta quarta-feira (20), no site do leiloeiro oficial.

Os imóveis e os equipamentos, avaliados em R$ 667,2 milhões e R$ 151,92 milhões, respectivamente, não poderão ser vendidos separadamente. Na primeira praça, que vai de 20 a 28 de fevereiro, os interessados precisam dar lance mínimo de 49% do valor avaliado dos bens. Caso não haja comprador, será aberta a segunda praça com lance mínimo de 45% até o dia 12 de março.

Os bens já tinham ido a leilão no ano passado, mas não houve compradores. A maior parte dos imóveis está localizada em Coruripe, mas há terras também em Campo Alegre, Teotônio Vilela e Junqueiro, todos municípios alagoanos. Os terrenos somam 17 mil hectares.

Serão vendidos equipamentos como balança rodoviária, ponte rolante, caldeira de alta pressão, distribuidor de bagaço, secador de açúcar, silo metálico, destilaria, gerador de energia e compressor de ar. Mais informações sobre o leilão podem ser acessadas no site da administradora judicial.

Assentamento

O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), Tutmés Airan, se reuniu com representantes de movimentos sociais e do Estado para discutir o acordo que destina parte das terras da Usina Guaxuma, do falido Grupo João Lyra, para a reforma agrária.

Firmado há mais de dois anos, o acordo estabeleceu que 1.500 hectares seriam utilizados para o assentamento de famílias e não foi completamente cumprido: ainda falta definir uma área de 600 hectares.

“Uma parte das terras ofertadas para compor os 1.500 hectares foi avaliada como não sendo boa para agricultura. Então, o que temos hoje são 900 hectares úteis e 600 inúteis. É preciso definir uma nova área que possa ser utilizada pelas famílias”. Tutmés Airan, presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL).

O presidente ressaltou ainda que a demarcação deve ser feita pelo Instituto de Terras de Alagoas (Iteral) junto com a administração da Massa Falida.

O que tem dificultado o cumprimento do acordo, segundo o desembargador, é não haver um consenso quanto ao valor das terras. Isso deve ser discutido com o Gabinete Civil do Governo e com representantes do Iteral e da Massa Falida nesta semana

“A Massa Falida deve muito imposto para o Estado. Então, como forma de quitar parte da dívida, destinaria essas terras para a reforma agrária. O problema é que há uma divergência nos valores das terras”. Tutmés Airan.