Longo caminho: Até quando as mulheres serão minoria nas cortes do Judiciário?
Se fosse materializada num ser, a Justiça seria feminina, simbolizada pela deusa Thêmis, esposa e conselheira do poderoso Zeus, na mitologia grega. Nas mãos, ela traz uma espada, indicativa de força, e uma balança simbolizando o equilíbrio, a igualdade. Mas de olhos vendados a deusa parece não enxergar a grande desigualdade que persiste na participação da mulher nos espaços do Poder.
E não é só nos cargos eletivos dos poderes Executivo e Legislativo, como se mostra nos resultados de cada eleição. Também no Judiciário, onde o ingresso é por meio de concurso público, e a carreira segue regras de ascensão, a participação feminina ainda é extremamente minoritária em quase todos os tribunais do país, embora algumas já tenham até galgado a mais alta representatividade em algumas cortes de