29 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Blog da Graça Carvalho

A gasolina baixou! Alguém sabe onde?

Quanto é mesmo que você paga ao abastecer no posto?

(*) Por Fátima Almeida

 

Notícia do dia: “Petrobrás reduz preço da gasolina pela segunda vez em uma semana”. Será que alguém sentiu essa queda? Aliás, faz tempo que nem se sabe ao certo qual o real preço do combustível.

Sabe-se que, com as altas, teve posto em Maceió que chegou a elevar o valor do litro de gasolina, na bomba, a quase R$ 5,00.

Mas a maioria se manteve em preços “mais baixos”, com as constantes e supostas ‘promoções’, que não nos permitem saber qual o real valor do produto. Agora, por exemplo, quando se fala em baixa, o preço é o mesmo que se praticava antes, a título de promoção.

O problema é: Com esse turbilhão eleitoral, alguém ainda se importa, realmente, com o preço dos combustíveis? Ou o ‘interesse’ pelo embate político tem causado um estranho distanciamento da população em relação a esta e outras questões de grande relevância, que refletem na economia do país e no nosso cotidiano? É bom ficar de olho!

Depois de anunciado, no dia 6 de setembro, uma proteção financeira para reduzir as altas de preço, a Petrobrás alterou o preço da gasolina umas seis vezes e ontem anunciou, pela segunda vez na semana, a redução de preço, com vigência a partir desta quinta-feira (11). Você sentiu? Teve efeito no seu bolso?

Segundo noticiado, o litro da gasolina ficará em média de R$ 2,16 nas refinarias, a partir de hoje. Quanto é mesmo que você paga ao abastecer no posto? É só calcular pra ver o quanto de lucro levam os postos e o governo. Tá, o preço deve ter caído de R$ 4,70 para R$ 4,69. E daí? Faz diferença?

A verdade é continuamos pagando muito caro essa conta. Impulsionado pelo vai e vem das cotações internacionais, no embalo das eleições, o combustível mantêm-se ainda na média mais alta dos últimos 10 anos. E permanecemos calados, como se essa fatia não nos pertencesse. Depois da greve dos caminhoneiros, parecemos não estar nem aí.

Falando por mim, consumidora, tenho procurado com olhos de lupa os postos com menor preço, e não percebo essa anunciada redução. Pelo contrário, sinto pesar cada vez mais o preço do combustível no orçamento doméstico.

(*) Jornalista colaboradora