
Os representantes políticos de Rio Largo vêm fazendo feio na administração do município. Depois dos problemas judiciais, seguido de renúncia, do ex-prefeito Toninho Lins, a justiça alagoana afastou, nesta terça-feira (24), a prefeita da cidade – substituta de Toninho -, Maria Eliza Alves da Silva (PRP). De acordo com a decisão do juiz Galdino José Amorim Vasconcellos, ela vai responder por improbidade administrativa. A prefeita é acusada de realizar compras de remédios sem licitação, superfaturar contratos com bandas e praticar extorsão.
O magistrado também já determinou a posse imediata do presidente da Câmara de Vereadores, Jefferson Alexandre (PPL). De acordo com os autos, Eliza realizou compras de medicamentos com fatiamento para fugir da licitação, contratação emergencial com a empresa Eco Ambiental, em que existem fortes indícios de pedido de propina, e prática de extorsão feita pela gestora, seu filho e um secretário municipal, além de superfaturar os preços de bandas contratadas para festas em praça pública.
“A acusação de prática de extorsão e pedido de propina é gravíssima. É o próprio empresário, supostamente vítima da atitude espúria, quem denuncia e apresenta indícios veementes da ocorrência do ato ímprobo. Rio Largo não pode mais conviver com essa prática que contamina, de uma gestão a outra, a crença na seriedade e legitimidade dos mandatos eletivos”, argumentou o juiz Galdino Vasconcellos.
A decisão determina, ainda, multa de R$ 20.000,00, para quem tentar retardar ou criar obstáculos para o cumprimento da decisão. Caso o presidente da Câmara de Vereadores não possa assumir o cargo, assumirá o vice-presidente da Casa, Vanildo Rufino dos Santos (PMDB).