O senador Aécio Neves (PSDB-MG) diz que é vítima de uma grande armadilha política feita por pessoas que não queriam a ascensão de Minas ao Governo Federal. Aécio, que vai concorrer a uma vaga de deputado federal, não quis entrar em detalhes sobre os processos decorrentes das investigações da Operação Lava Jato.
Em abril, o político mineiro tornou-se réu no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a acusação de ter recebido propina de R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista, da JBS. Andrea Neves, irmã do político, chegou a ser presa no mesmo caso. Aécio também é alvo em outros cinco processos, instaurados após ter sido citado por delatores da Odebrecht. Apesar da ficha, ele garante que não entra na disputa eleitoral por causa do foro privilegiado.
“O foro (privilegiado) acabou. Isso é uma interpretação de quem desconhece a nossa legislação. Não existe mais foro para ninguém. Em relação a essas questões objetivas que você se refere, pode ter certeza que ao final a verdade vai prevalecer e Minas, tenho certeza, compreenderá que fui vítima de uma grande armadilha política daqueles que não queriam a ascensão de Minas ao Governo Federal”, disse à emissora.
O senador também ficou em cima do muro quando foi questionado se subiria no palanque junto com Antonio Anastasia, candidato tucano ao Governo de Minas. Nos bastidores, o PSDB avalia que a presença de Aécio pode tirar votos de Anastasia.
Sobre a desistência de concorrer à reeleição no Senado, o tucano diz que trata-se de um projeto para tornar a bancada de Minas a mais forte do Congresso.
“No momento que abro mão de disputar a candidatura de reeleição ao Senado, mesmo com todas as pesquisas me apontando como um dos prováveis eleitos, eu permito que o senador Anastasia amplie suas alianças para vencer quem sabe já no primeiro turno as eleições em Minas Gerais. E nós possamos, no Congresso Nacional, numa demonstração de rara unidade, construir a mais sólida bancada entre todos os estados”, disse.
Apesar de ser muito hostilizado nas redes sociais, o senador mostra confiança em sua eleição. “Quem entra em uma eleição corre riscos. Mas eu entro com muita serenidade pelo que fiz ao logo da minha trajetória política, seja como governador, seja como parlamentar”.