Alagoas homenageia personalidades com Prêmio de Direitos Humanos

Três personalidades – sendo uma em nível nacional, e duas de Alagoas, vão ser  homenageadas pelos serviços prestados em defesa da vida e demais direitos humanos em suas áreas de atuação, na primeira edição do do Prêmio Alagoas dos Direitos Humanos, no próximo dia 7 de dezembro, a partir das 19h30, no Teatro Deodoro.

A premiação  é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh), voltada à promoção dos direitos humanos e à disseminação de uma cultura de paz. Nesse sentido,  ações desenvolvidas por diversos atores sociais, sejam eles autarquias, órgãos da administração pública, ONGs ou mesmo pessoas físicas e jurídicas que combatem o desrespeito aos direitos humanos nas mais diversas esferas e áreas de atuação têm potencial para entrar na lista de premiados.

Para a secretária da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria José da Silva, “diante das atuais circunstâncias sociais, sentimos a necessidade de agir, destacando e premiando o trabalho desenvolvido por estes profissionais. É uma forma de promover também a difusão do papel do Governo do Estado e da Secretaria  como instrumento para o diálogo entre a sociedade alagoana e os responsáveis pelas políticas para fomento dos direitos humanos”, justificou Maria.

O superintendente de Políticas para os Direitos Humanos e Igualdades Racial da Semudh, Mirabel Alves, lembra que as práticas de premiação de personalidades que lutam pelos direitos humanos já se encontram instituídas no Poder Executivo Federal, bem como em vários entes federativos, além do Poder Legislativo Federal e as mais representativas organizações sociais da sociedade civil. “Devemos estimular as boas práticas de promoção, consolidação, efetivação e ampliação dos direitos humanos, através deste importante instrumento que é o Prêmio Alagoas de Direitos Humanos”.

Conheça os premiados!

Hemerson Casado     

No âmbito estadual, o  médico cirurgião vascular Hemerson Casado é um dos dois agraciados.  Conhecido internacionalmente pela defesa que vem travando em prol da assistência pelo SUS e planos de saúde a pessoas, que assim como ele, são portadoras da ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica, Casado vai receber a merecida homenagem.

Dr. Hemerson, como é conhecido, assumiu uma luta árdua para buscar aliados e convencer autoridades públicas da necessidade da quebra de patentes de medicamentos que chegam a custar 485 mil reais uma única ampola, como o Spinoza, destinado ao tratamento de pessoas com Atrofia Muscular espinhal – AME – da empresa suíça Biogen,  e que são essenciais ao tratamento, mas ainda não estão disponíveis no SUS.

Uma das batalhas do médico alagoano , que convive com a doença há seis anos, é conseguir que a droga possa ser produzida no Brasil com medicamentos genéricos e acessíveis a todos os pacientes. Ele inclusive criou o  Instituto Dr. Hemerson Casado Gama, justamente para desenvolver pesquisas e tratamentos a pacientes de doenças raras. Um  verdadeiro defensor dos direitos humanos na saúde.

Patrulha Maria da Penha

Comandada pela capitã PM Márcia Danielli, a Patrulha Maria da Penha em Alagoas é a segunda agraciada com o Prêmio.  Implantada  em abril de 2018, atualmente,   conta com 35 mulheres assistidas, vítimas de violência doméstica, as quais chegam por meio de determinações do quarto juizado de Maceió. São três equipes da patrulha que fazem rondas diárias para garantir as medidas protetivas às assistidas pelo projeto.

Graças ao empenho da capitã Márcia Danielli e equipe, a Patrulha Maria da Penha em Alagoas se destaca diante das demais em outros estados. Durante quatro meses de atuação foram realizadas quatro prisões em flagrantes em Alagoas, enquanto, por exemplo, na Bahia o serviço está implantado há três anos e foram efetuados apenas cinco flagrantes.

Pioneira no Programa de Força Tarefa para a Maria da Penha, quando convocada pelo telefone 190, em casos de flagrante, presta um serviço extraordinário voluntário no atendimento específico de violência doméstica, um exemplo para as demais patrulhas, razão pela qual a capitã PM Márcia Danielle será agraciada também com o Prêmio Alagoas dos Direitos humanos.

 Caco Barcelos 

Na categoria nacional, o jornalista Caco Barcellos vai receber o Prêmio pelo reconhecido trabalho em prol dos direitos humanos ao denunciar, em matérias jornalísticas e em livros, como o Rota 66 – A História da Polícia que Mata; Nicarágua: A Revolução das Crianças; Abusado: O Dono do Morro Dona Marta, Profissão Repórter 10 anos, abusos de autoridades policiais e o desrespeito aos direitos humanos em suas várias facetas.

( Com informações da Ascom da Semudh)