Atendendo ao requerimento do deputado Cabo Bebeto (PL), subscrito pelo deputado Silvio Camelo (PV), a Assembleia Legislativa realiza hoje (17), a partir das 14 horas, uma sessão especial em comemoração ao Dia do Exército, celebrado em 19 de abril. A solenidade marca os 375 anos da Força Militar.
O data relembra a Primeira Batalha do Monte dos Guararapes, conflito entre as forças brasileiras e a dominação holandesa na região Nordeste, no ano de 1648, em Pernambuco. “O Dia do Exército é a data representativa de uma força e um braço do Brasil que forma e educa. Não podemos deixar de prestigiar e reconhecer o seu valor”, disse Cabo Bebeto.
Ao longo de sua existência, o Exército brasileiro tem contribuído para o fortalecimento do espírito nacional. A condução do treinamento militar básico para recrutas, realizado anualmente por meio do Serviço Militar Inicial, fornece a oportunidade para que milhares de jovens possam participar da Defesa da Pátria, desenvolvendo atributos de nacionalidade que permitem que tenham uma melhor compreensão do seu compromisso individual com a prosperidade da toda a Nação.
Jorge de Lima
Também hoje, mas no período da manhã, a Assembleia Legislativa realiza uma sessão especial em homenagem aos 130 anos de nascimento do poeta alagoano Jorge de Lima. Proposta pelo deputado Doutor Wanderley (MDB), a sessão está marcada para as 10 horas, no plenário da Casa.
“O homenageado é considerado um dos maiores poetas brasileiros de todas as épocas, atuando com brilhantismo nas áreas a que se dedicou, tendo exercido a medicina com proficiência e, em paralelo, integrado a Academia Alagoana de Letras, honrando também o mandato de deputado estadual por Alagoas e vereador no Rio de Janeiro”.
Natural do município de União dos Palmares, Jorge Matheus de Lima nasceu no dia 23 de abril de 1893, filho do comerciante José Matheus de Lima e de Dona Delmina Simões. Em 1899, Jorge de Lima rabisca seus primeiros versos, cujo caderno fora cuidadosamente guardado por sua mãe.
Publica seu primeiro livro de poesias e se torna conhecido nacionalmente pelo livro XIV Alexandrinos. O soneto “O acendedor de lampiões” foi bastante elogiado e considerado pela crítica como referência de qualidade. Seu prestígio como médico nas camadas mais pobres do Estado não passou despercebido pelo governador Fernandes Lima; o poeta foi indicado pelo próprio chefe do Executivo e eleito para a Assembleia Estadual, em 1918/1919 e reeleito para a legislatura seguinte 1920/1921.
O sucesso de Jorge de Lima ultrapassou as barreiras de Alagoas levando-o ao Rio de Janeiro, então Capital do Brasil, onde consagra-se como homem de letras, jornalista, médico e desfruta de popularidade como em sua terra natal. Sua obra é reconhecida no exterior. Com a redemocratização, em 1945, é eleito vereador pelo Rio de Janeiro. Em 1953 falece no Rio de Janeiro.