Morreu o ex-governador de Alagoas, Geraldo Bulhões. Ele já vinha sofrendo com problemas de saúde e estava internado no Hospital Vida desde o último sábado, devido a complicações de um câncer que ele já vinha tratando há alguns anos. No hospital ele teve complicações respiratórias e não resistiu. Morreu hoje, aos 81 anos de idade.
Natural de Santana do Ipanema, GB, como se tornou conhecido no mundo político, foi eleito cinco vezes deputado federal por Alagoas, exercendo mandatos consecutivos por 20 anos, entre 1971 e 1991 – até se eleger governador de Alagoas, cargo exercido entre 1991 e 1994. Começou sua vida política fiiado à Arena, passando, depois, pelo PDS, PMDB, PRN e PSC.
Aliado político do senador Fernando Collor, desde sempre, Bulhões chegou ao governo de Alagoas, em 1991, em uma disputa acirrada com o então senador Renan Calheiros. A princípio Calheiros tinha o favoritismo nas pesquisas, mas as intenções de votos não se confirmaram nas urnas.
À época, Fernando Collor de Mello era o presidente da República e utilizou todo o seu peso político de então para garantir a vitória de Bulhões cujo slogan de campanha era “GB: Gente boa demais”.
Outros cargos
Formado em Direito pela Universidade Federal de Alagoas, Geraldo Bulhões de Barros exerceu, antes de entrar para a política, as atividades de promotor público em Pão de Açucar, foi procurador no Município de Maceió, diretor financeiro e assessor jurídico da Companhia de Habitação Popular de Maceió e assessor técnico e jurídico da Companhia de Desenvolvimento de Alagoas.
Reclusão – Após deixar o governo, GB praticamente encerrou sua carreira política. Tinha sérios problemas de visão e por isso passou a ter uma vida mais reclusa.
Ele foi o idealizador do Canal do Sertão e surpreendeu a todos quando apareceu na solenidade de inauguração da primeira etapa do canal, durante o governo de Teotônio Vilela Filho (PSDB).
Toalha molhada – Bulhões também entrou para o folclore político nacional, após divulgação de suas desavenças com a esposa, a primeira dama Denilma Bulhões.
Correu pelos principais jornais do País a história de que GB teria levado uma surra de toalha molhada da primeira dama, dentro do palácio dos Martírios. A notícia teve grande repercussão, principalmente por que o governador não desmentiu e nem confirmou a informação.
À época, a própria Denilma negou a história. Tempos depois ele se separaram
Sobre a morte de Bulhões, a família ainda está definindo se o velório vai ocorrer em Maceió e/ou Santana do Ipanema e na possibiidade de cumprir o desejo do ex-governador, de ser cremado.