25 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Ato em apoio a Bolsonaro no Recife compara mulheres as cadelas

Os bolsonaristas fizeram músicas comparando mulheres contra Bolsonaro a cadelas.

Passeata em apoio ao candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) reuniu centenas de pessoas na manhã do domingo (23) na zona sul de Recife, capital de Pernambuco. No ato, apoiadores do presidenciável usavam roupas da seleção brasileira, carregavam bandeiras do Brasil e cantavam músicas com críticas à esquerda e a adversários. As letras repercutiram nas redes sociais.

“Dou para CUT pão com mortadela e para as feministas, ração na tigela. As minas de direita são as top mais belas enquanto as de esquerda têm mais pelos que as cadelas”, dizia trecho da música tocada no trio elétrico. O Jornal do Commercio de Pernambuco publicou um vídeo com trecho da manifestação.

Bolsonaristas no Recife

A canção, que é uma paródia do funk “Baile de Favela” também fazia ataques a políticos de esquerda como Jean Wyllys, Maria do Rosário e Luciana Genro. “Bolsonaro salta de paraquedas. Bolsonaro, capitão da reserva. E o Bolsonaro casou com a Cinderela, enquanto o Jean Wyllys só tava vendo novela”, dizia outra passagem.

No ano passado, o presidenciável foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pagar R$ 10 mil de indenização por danos morais à deputada Maria do Rosário (PT-RS), após ter dito que não estupraria a deputada porque ela “não merecia”.

Bolsonaro teve que suspender a participação na campanha porque foi alvo de um ataque no último dia 6 e está internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, para recuperação. O candidato faz campanhas nas redes sociais. No último domingo, ele fez uma transmissão ao vivo em que falou por 18 minutos do quarto do hotel e acusou o PT de “fraudar as eleições”. A declaração gerou polêmica durante a semana e o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), rebateu as acusações. “Os sistemas são abertos a auditagem para todos os partidos políticos seis meses antes da eleição, para todos os candidatos e para a Ordem dos Advogados do Brasil.”