20 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Avança estudos para regulamentação da pomada de própolis vermelha

Fapeal fomentouestudo com incentivos do PPSUS que auxilia no tratamento e recuperação de pacientes com leishmaniose tegumentar

Alagoas emplaca mais um avanço no desenvolvimento de estudos em alto nível, graças a uma pesquisa derivada da própolis vermelha local. A análise em questão emerge como uma das competências da ciência alagoana na área da saúde com uma pomada que auxilia no tratamento e recuperação de pacientes com leishmaniose tegumentar.

Propriedades estudadas estão sendo empregadas em produto que reduz as lesões e cicatrizações do tratamento de pacientes com leishmaniose tegumentar. Foto: Tácila Cabral

O projeto recebeu estímulos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal). Na etapa atual, conquistou o reconhecimento nacional, sendo aprovado para o prosseguimento da sua III fase clínica pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A coordenadora da proposta, Camila Braga Dornelas, cita que esta aprovação é fundamental para a comprovação da eficácia da pomada e seu registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Composto

A pomada utiliza como base a própolis vermelha de Alagoas, matéria-prima capaz de conferir benefícios ao organismo humano, através de suas propriedades diversas, como as de anti-inflamatório e antioxidante.

O composto está certificado apenas em solo estadual e é desenvolvido no laboratório do curso de Farmácia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), trazendo para o conhecimento público as diversas propriedades positivas deste complexo rico em flavonoides, fenólicos, aminoácidos e vitaminas.

Unidos, eles formam uma pomada que pode ser introduzida em co-terapia ao Glucantime (medicamento utilizado no tratamento do SUS) aos pacientes diagnosticados com leishmaniose, porém trazendo muito menos efeitos nocivos do que a medicação usual.

A finalidade, segundo a coordenadora da pesquisa é complementar a quimioterapia de combate á doença em si, atuando no que diz respeito à qualidade de vida do paciente, pela redução do tempo de cicatrização das feridas provocadas pela doença e até a atenuação dos efeitos colaterais severos atribuídos ao Glucantime, que pode afetar órgãos como fígado e baço.