Policiais que participaram dos massacres do Carandiru e Eldorado dos Carajás devem receber indultos do presidente da República, Jair Bolsonaro. Pelo menos foi o que ele prometeu neste sábado, 31, em conversa com jornalistas no quartel do Exército.
Carandiru -Ele disse que se o comandanta do massacre do Carandiru, Ubiratan Guimarães, estivesse vivo também seria beneficiado com o indulto. Guimarães comandou a ação dentro do presídio Carandiru em São Paulo, que resultou na morte de 111 presos, em outubro de 1992. Lá a policia foi acionada para conter uma rebelião no pavilhão 9. A operação envolveu 330 policiais.
Eldorado -Já em Eldorado dos Carajás, no Pará, o massacre de 19 trabalhadores sem terra, em 1996, chocou o País e o mundo.
Durante uma marcha de 1.500 integrantes do movimento sem terra, eles montaram acampamento às margens da rodovia PA-150 e a polícia Militar foi acionada pelo governador Almir Gabriel (PSDB) para desbloquear a via. Sob o comando do coronel Mário Pantoja e do major José Maria de Oliveira, os policiais dispararam contra o acampamento matando 19 pessoas e deixando 60 feridos.
Aos jornalistas, Bolsonaro pontuou, após proibir que escrevessem ou gravassem o que foi dito: — Não quero dar detalhes, mas tem casos que, se puder colocar, eu vou colocar. Como os policiais que estiveram no caso do Carandiru, do ônibus 174, Eldorado dos Carajás. E, se tiver alguma pendência ainda, o caso da Ana Hickmann. Ela foi vitima de sequestro em 2018, em Belho Horizonte.