Prosseguindo com sua viagem oficial na Ásia, o Presidente Jair Bolsonaro (PSL) chegou à China. Mas vai se esquivar da guerra comercial entre China e Estados Unidos.
“Não é briga nossa. Queremos nos inserir sem qualquer viés ideológico nas economias do mundo”. Jair Bolsonaro, presidente.
A resposta foi sensata e diplomática, já que o presidente ficará hospedado em Pequim para uma visita de dois dias ao gigante asiático.
Durante a tarde desta quinta-feira (23), está previsto um passeio de Bolsonaro pela Grande Muralha da China para se adaptar ao fuso. Na sexta-feira (24), começa a agenda oficial.
Só que ao ser questionado se tinha algum constrangimento por se encontrar com o presidente chinês Xi Jiping, também secretário-geral do Partido Comunista, Bolsonaro mandou essa:
“Estou num país capitalista”. Bolsonaro, na China comunista.
Mais cedo, no início deste mês, a China comemorou 70 anos da revolução comunista, encabeçada por Mao Tsé Tung.
Pelo capital
As declarações são uma mudança em relação ao que o presidente afirmava durante campanha, quando visitou Taiwan. Na época, ele parecia mais avesso aos chineses.
“A China não estava comprando no Brasil, mas comprando o Brasil”. Jair Bolsonaro.
Os comentários provocaram mal-estar no governo chinês, que foram se normalizando depois que Bolsonaro tomou posse. Em maio, o vice-presidente Hamilton Mourão visitou a China e ajudou a acalmar as autoridades locais.
5G
O papel da gigante de telecomunicações Huawei, que domina a tecnologia 5G, no entanto, segue espinhoso. Os Estados Unidos têm feito pressão para que o Brasil não permita que a empresa chinesa participe de licitações no país.
Quando perguntado se a Huawei é bem-vinda para investir no Brasil, Bolsonaro foi vago: “por enquanto, fora do radar”.
Ao menos, o presidente apreciou a indiferença chinesa diante das queimadas da Amazônia:
“A China está se mantendo equidistante nesse episódio e tenho certeza que se manterão assim em respeito a nossa soberania”. Bolsonaro.