O pré-candidato do PSL à Presidência da República nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, em passagem por Fortaleza, disse que no Brasil não existe racismo. “Meu sogro é Paulo Negão e quando eu vi a filha dele não queria saber quem era o pai dela”, afirmou o deputado federal a uma plateia de cerca de 15 mil pessoas em um hotel.
Não existe racismo no Brasil, pois as pessoas tem familiares negros. Bolsonaro não é racista porque tem amigos negros. E não também não existe fome no país, pois hoje ele comeu no café da manhã. E vale lembrar que, sem Lula, esta figura lidera as mais recentes pesquisas de intenção de voto.
A afirmação de Bolsonaro foi feita no mesmo dia em que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu em parecer o recebimento da denúncia no Supremo Tribunal federal (STF) contra o presidenciável por racismo contra quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs.
Racista
Em uma palestra no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, em abril de 2017, o deputado “usou expressões de cunho discriminatório, incitando o ódio e atingindo diretamente vários grupos sociais”.
O deputado disse que o “afrodescendente mais leve” de uma comunidade quilombola paulista “pesava sete arrobas” e completou dizendo que os quilombolas não faziam nada e nem para “procriar servem mais”.
Também disse que a demarcação de terras indígenas deve ser direcionada para a aquisição de royalties com a mineração. “Quem é o índio? Ele não tem dinheiro. Não fala a nossa língua. Como ele consegue grandes espaços de terra? A esquerda os mantém em grandes espaços como se fossem animais em um zoológico. Isso vai mudar”, disse.
Mais Médicos guerrilheiros
O deputado federal aproveitou o evento desta quintapara fazer críticas ao programa Mais Médicos. Segundo ele, Cuba exportou ao Brasil guerrilheiros “fantasiados de médicos”.