Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência da República, negou que sua equipe de economia pretenda recriar um imposto nos moldes da CPMF e que pretenderia criar uma alíquota única do IR (Imposto de Rende) de 20% para pessoas físicas e jurídicas.
“Ignorem essas notícias mal intencionadas dizendo que pretendermos recriar a CPMF. Não procede. Querem criar pânico pois estão em pânico com nossa chance de vitória. Ninguém aguenta mais impostos, temos consciência disso”, afirmou o candidato.
Ignorem essas notícias mal intencionadas dizendo que pretendermos recriar a CPMF. Não procede. Querem criar pânico pois estão em pânico com nossa chance de vitória. Ninguém aguenta mais impostos, temos consciência disso. Boa noite a todos! ??
— Jair Bolsonaro 1️⃣7️⃣ (@jairbolsonaro) 19 de setembro de 2018
Bolsonaro não tinha sido consultado sobre o plano, ligou para seu Ipiranga Paulo Guedes e reclamou que a forma como o assunto chegou à imprensa obrigava a campanha a esclarecer de forma detalhada como seria eventual implementação, até porque o candidato já prometeu algumas vezes redução de tributos.
Paulo Guedes
Em anúncio para uma plateia reduzida nesta terça-feira (18), Guedes disse que pretende recriar um imposto nos moldes da CPMF, que incide sobre movimentação financeira, pretende criar uma alíquota única do IR (Imposto de Renda) de 20% para pessoas físicas e jurídicas. Por outro lado, ele estuda eliminar a contribuição patronal para a previdência, que incide sobre a folha de salário, que tem a mesma alíquota, de 20%.
Em suas redes sociais, Bolsonaro escreveu horas após a publicação da reportagem que sua “equipe econômica trabalha para redução de carga tributária, desburocratização e desregulamentações. Chega de impostos é o nosso lema! Somos e faremos diferente. Esse é o Brasil que queremos!”
Empresários que têm se aproximado da campanha de Bolsonaro telefonaram para aliados do presidenciável e manifestaram preocupação diante do teor da proposta de Guedes. As respostas que têm ouvido passam pela “falha de informação” e também pela ênfase na ideia de que se trata, sim, da redução da carga tributária por meio da concentração de impostos.
Proposta do PT
O Governo do PT possuía uma proposta de tabelamento no Importo de Renda, que nunca foi pra frente, isentando quem recebia menos e cobrando mais de grandes riquezas. Bolsonaro e sua equipe querem tirar igualmente de todas as faixas.
Até 3.390,00 – Isento
3.390,01 até 6.780 – 5%
6.780.01 até 10.170 – 10%
10.170,01 até 13.560 – 15%
13.560,01 até 27.120 – 20%
27.120,01 até 54.240 – 25%
54.240 até 108.480 – 30%
A partir de 108.480,01 – 40%