Apesar da insistência de lideranças do seu partido, o PL, para que contratem um marqueteiro para a sua campanha deste ano, o presidente Jair Bolsonaro insiste na ideia de colocar o seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) no comando, sobretudo das redes.
Três nomes foram apresentados a Bolsonaro: Duda Lima, que trabalha há mais de uma década com Valdemar Costa Neto (PL), é o mais cotado, mas foram cogitados também Paulo Moura e Paulo Gonçalves.
Gabinete do ódio
Carlos Bolsonaro acusa golpe contra suspeitas de seu envolvimento com hackers na Rússia
O presidente, no entanto, quer o seu filho, que dirige as redes do pai desde 2018. Carlos aposta principalmente no Facebook e no Twitter, mas também no Telegram, aplicativo russo que tem pouca moderação e estrutura propícia à disseminação de fake news, mensagens de ódio e informações distorcidas.
Há ainda outro motivo para Bolsonaro insistir tanto no nome do filho. Bolsonaro quer ter liberdade para definir os rumos da candidatura e, por conta disso, rejeita a ideia de um gerente de campanha.
Agenda secreta
O Blog do Vicente, do Correio Braziliense, publicou na última quinta-feira (17), um texto em que aponta a investigação, por parte de adversários e integrantes do Judiciário, de uma agenda secreta do vereador Carlos Bolsonaro na Rússia.
Também conhecido como “Carluxo”, ele teria aproveitado a viagem de Bolsonaro, para manter conversas intensas com hackers especializados em disseminação de fake news.