Em entrevista nesta quinta-feira, 17, o novo presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Josué Gomes, disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) será lembrado pelos livros de história como um governo que produziu múltiplos ataques às instituições -às urnas, à vacina, à imprensa.
Ao criticar o presidente da República, Gomes também defendeu que a entidade tenha uma posição apartidária neste ano eleitoral.
A postura contrasta com a de seu antecessor, Paulo Skaf -que, entre outras ações, encabeçou a campanha “não vou pagar o pato”, que culminou na adesão da entidade à campanha pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, além de ter declarado publicamente apoio a Bolsonaro.
“Mas, se ele eventualmente se eleger, torço para que ele faça diferente”, complementou.
Filho do ex-vice-presidente José Alencar, que esteve ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos seus dois mandatos (entre os anos de 2003 e 2010), Josué também diz que não vai adotar na Fiesp qualquer direcionamento político, e que teve o cuidado de se desfiliar do seu partido, o PMDB, no final do ano passado, antes de assumir o seu mandato, que se encerra em dezembro de 2025.