3 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Presidente volta atrás e mantém Brasil no Acordo Climático de Paris

Durante a campanha e depois de eleito, presidente criticou diversas vezes o acordo e sinalizou que o Brasil poderia abandoná-lo

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse nesta terça-feira (14) que há um consenso no governo para que o Brasil permaneça no Acordo de Paris, que estabelece metas entre os signatários para redução da emissão de gases causadores do efeito estufa.

Durante a campanha e depois de eleito, o presidente Jair Bolsonaro criticou por diversas vezes o acordo e sinalizou que o Brasil poderia abandoná-lo.

“Por ora”, o Brasil permanece comprometido com a agenda, disse o ministro. Entretanto, a implementação ocorrerá de forma a evitar prejuízos aos empresários brasileiros. “Há pontos importantes no acordo que a gente quer valorizar, como aqueles que podem trazer recursos financeiros para o país”, disse após participar de um almoço promovido pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).

Segundo o ministro, há pontos mais sensíveis que dizem respeito a transformação de princípios, valores ou ideias na legislação nacional. “Restrição a gerenciamento do território, políticas públicas, nós vamos olhar com muito cuidado, porque o Brasil tem autonomia, como todo país, e deve conseguir tomar conta do território de acordo com seus interesses e prioridades”, disse.

Salles é advogado, presidente do Movimento Endireita Brasil e já foi secretário particular do ex-presidenciável Geraldo Alckmin, ocupando pasta de Meio Ambiente durante o Governo do tucano. Motivo pelo qual foi condenado em primeira instância por improbidade administrativa. Quando anunciado como ministro, ele disse que pretende “preservar o meio ambiente sem ideologia”.

Davos

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (14), na conta no Twitter, que a participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, de 22 a 25 de janeiro, será a oportunidade de mostrar um “Brasil diferente, livre das amarras ideológicas e corrupção generalizada.”