20 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Câmara de Maceió: Audiência pública debate o suicídio

Iniciativa é do vereador Siderlane Mendonça e reunirá especialistas, gestores públicos e a sociedade civil

Uma audiência pública debate, na manhã desta segunda-feira (17), a partir das 9h, “as ações, proposições e alternativas para minimizar os graves problemas que podem levar ao suicídio”, no auditório da Associação Comercial, em Jaraguá. O debate foi proposto pelo vereador Siderlane Mendonça (PEN), na Câmara Municipal de Maceió.

Com o tema “Quebrando o silêncio”, a audiência reunirá especialistas, gestores da saúde, além da sociedade civil. “É um momento importante para discutirmos esse grave problema no âmbito da saúde mental, em todas as faixas etárias da vida de um ser humano, e discutirmos iniciativas que possam minimizá-lo”, afirma o vereador.

Cerca de 11 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde (MS). Segundo boletim epidemiológico sobre suicídio, entre 2011 e 2016, 62.804 pessoas tiraram suas próprias vidas no país, 79% delas são homens e 21% são mulheres.

A divulgação faz parte das ações do Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção ao suicídio. A taxa de mortalidade por suicídio entre os homens foi quatro vezes maior que a das mulheres, entre 2011 e 2015. São 8,7 suicídios de homens e 2,4 de mulheres por 100 mil habitantes.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que no mundo, o suicídio acomete mais de 800 mil pessoas. É a segunda causa de morte no planeta entre jovens de 15 a 29 anos, sendo a primeira a violência.

Entre os fatores de risco, conforme o Ministério da Saúde, estão transtornos mentais, como depressão, alcoolismo, esquizofrenia; questões sociodemográficas, como isolamento social; psicológicas, como perdas recentes; e condições incapacitantes, como lesões desfigurantes, dor crônica e neoplasias malignas. Porém, o Ministério da Saúde afirma que tais aspectos não podem ser considerados de forma isolada e cada caso deve ser tratado de forma individual. E destaca que a instalação de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) no município reduz em 14% o risco de suicídio.