No mesmo dia em que foi aberta a CPI da Covid para investigar as falhas, omissões e sabotagens do governo federal durante esta pandemia, a Câmara de Maceió aprovou, nesta terça-feira (27), em regime de urgência, que seja votada a concessão do título de cidadão honorário ao presidente Jair Bolsonaro. Já para esta quarta (28), na primeira pauta na ordem do dia.
O requerimento, claro, foi efetuado pelo vereador Leonardo Dias (PDS), o mesmo que tomou de tonel o leito do mito, inclusive participando de um protesto que atrapalhou o primeiro sábado de vacinação no Jaraguá.
Assinaram o requerimento os vereadores Aldo Loureiro (PP), Kelmann Vieira (Podemos), Delegado Fábio Costa (PSB), José Márcio (PSB), Silvania Barbosa (PRTB), Samyr Malta (PTC), pastor Oliveira (Republicanos), Francisco Filho (MDB), Joãozinho (Podemos) e Siderlane Mendonça (PSB).
Na visão de Dias, foram desempenhadas pelo Governo Federal feitos como o auxílio emergencial, os recursos para habitação, geração de empregos e continuidade de obras de viaduto, além de estradas e da duplicação da BR-101. O vereador também mencionou incentivos à infra-estrutura turística e ações de combate à Covid-19.
E como não poderia deixar de ser, ele também defendeu que as divergências ideológicas e político-partidárias sejam superadas e seja reconhecida a importância do presidente na capital alagoana, bem como os ministros de infra-estrutura Tarcísio Freitas, e de turismo, Gilson Machado, que também entraram na pauta de “urgência” por honraria.
“É inegável que o presidente – embora muitas vezes, em seu discurso, seja mal compreendido pelo seu jeito espontâneo e às vezes duro da sua formação militar – possa ter algum entrave ou indisposição nessa votação para alguns de meus colegas e a compreendo perfeitamente, mas é inegável que, não somente o presidente Jair Messias Bolsonaro, mas como seus ministros Tarcísio e Gilson Machado (que é um empresário que tem empreendimentos em São Miguel dos Milagres e rádio em Maragogi) têm íntima ligação com a nossa cidade”. Leonardo Dias.
Enquanto isso, a população do Brasil está batendo recordes de mortes e acabaram as vacinas em Alagoas, com muitos municípios, inclusive Maceió, suspendendo a aplicação da segunda dose da imunização.
Abaixo assinado
Contrários ao título criariam uma petição online contra o título. Nas primeiras horas desta quarta, reunia mais de mil nomes. Lenilda Luna também comentou a intenção da Câmara