Considerado um dos mais ricos empresários de Alagoas, Rafael Tenório é pré-candidato a prefeito da cidade de Rio Largo e está em fase de elaboração de estratégias e sondagens na busca do apoio eleitoral.
Se dependesse apenas do seu poderio como homem de negócios, ele certamente já poderia encomendar o terno para a posse em 2025.
Mas, como dizia Tancredo Neves, eleição e mineração só se sabe mesmo após a apuração.
E uma coisa que pode incomodar mais do beneficiar Rafael nessa empreitada é o Centro Sportivo Alagoano, o Azulão do extinto Mutange, bairro vítima da Braskem.
É que a crise que ronda o clube azulino pode respingar forte na campanha eleitoral, considerando o envolvimento do empresário como presidente do CSA.
Ele anunciou que vai deixar o clube quando novembro chegar. Em sua primeira passagem levou o time da série C para a série A, após sucessivas conquistas. Agora, em segundo momento, vai devolver o time para o lugar em que encontrou. Ou seja, a série C do campeonato brasileiro.
Não é nada, não é nada, é uma tragédia em azul e branco.
Na hora do sucesso, o futebol é uma arma poderosa para quem quer alçar voos no meio político. Em meio a derrotas o efeito é ao contrário, com direito a versões de toda a ordem.
Neste momento, Rafael Tenório, que já viveu a experiência de céu de brigadeiro no mundo do Azulão, sente agora o cheiro do enxofre com o inferno astral dentro da série C.
Vai precisar de uma grande estratégia para se livrar desse legado final.