Os governadores do Nordeste divulgaram nesta quarta-feira uma carta endereçada ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) pedindo uma audiência para tratar dos temas que consideram prioritários.
Renan Calheiros (MDB-AL), que fez campanha ativa ao lado de Haddad, foi o único dentre os eleitos que não compareceu. Os demais oito estiveram na “quase reunião”.
O encontro aconteceu depois que os eleitos faltaram à reunião, convocada por Bolsonaro, com todos os Governadores eleitos. Apenas Wellington Dias (PT-PI) compareceu.
O presidente eleito, em represália, não compareceu. Ele até havia indicado o futuro “superministro” Sérgio Moro para representá-lo, mas os nordestinos tiveram que se contentar com Eunício Oliveira (PMDB), presidente do Senado, em uma reunião improvisada. Oliveira não foi reeleito e não será mais senador no próximo ano.
A carta documento foi até escrita. Mas a votação no segundo turno ainda pesa: a Região Nordeste foi a única a não conceder vitória para o atual presidente eleito.
A Carta
No documento, elencaram seis temas, a maior parte relacionada a problemas de falta de recursos. Para eles, o objetivo não é pressionar por uma data para que sejam atendidos.
Também querem reforçar que espera uma postura constitucional do presidente eleito com governadores de partidos de oposição.
O primeiro item da carta solicita a retomada urgente de obras federais no Nordeste. Os governadores pedem também a celebração de um Pacto Nacional pela Segurança Pública.
Os eleitos do Nordeste também solicitam ao futuro presidente do país o desbloqueio das operações de créditos dos Estados. Por fim, o documento ressalta a preocupação com a falta de médicos na região por conta da saída de profissionais cubanos do programa Mais Médicos.