27 de julho de 2024Informação, independência e credibilidade
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Caso Brazão: Talvez venha aí emenda proibindo saidinha só para bandido chinfrim

Quem da bancada alagoana votou para tirar Brazão da prisão? Veja aqui

No final, tudo vira cinzas…

Depois da votação na Câmara sobre a prisão do deputado Chiquinho Brazão, parlamentares à direita, certamente, vão pensar duas vezes ao bravatear contra adversários, com o argumento de que “a esquerda protege bandidos”.

A bancada do PL e bolsonaristas, abrigados em outras legendas, votaram pela libertação de Brazão, acusado de mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes. O crime ocorreu em 2018.

Um detalhe curioso na votação:

Dos 129 que queriam soltar Chiquinho Brazão, envolvido no duplo assassinato, 5 usam a profissão de delegado de polícia no nome de urna. 10 usam patentes militares. 5 se apresentam como “doutor”. 4 são pastores evangélicos.

São parlamentares que seguem o rito de uma bancada, que costuma dizer aos quatro cantos que “bandido bom é bandido morto”. Isso, quando é devidamente conveniente. Ou seja, o ditado não serve para bandido rico ou “parças” de alianças históricas.

Na bancada alagoana a surpresa foi o voto do deputado Luciano Amaral (PV). Ele e os deputados delegado Fábio Costa (PP) e Marx Beltrão (PP) votaram para libertar Brazão, um parlamentar com o histórico aliado à violência das milícias do Rio de Janeiro.

Da bancada das bandas de cá, votaram pela prisão, Paulão (PT), Isnaldo Bulhões (MDB), Rafael Brito (MDB), Daniel Barbosa (PP) e Alfredo Gaspar (União Brasil). O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) não votou.

O certo é que o resultado da votação que autorizou a manutenção da prisão de Chiquinho Brazão vai deixar para os seus apoiadores o selo “defesa de miliciano”.

O pior para Brazão é que o pessoal do apoio está querendo acabar com a história das “saidinhas” da prisão, a cada fim de ano.

Mas, até lá, pode aparecer uma emenda: “Proibida a saidinha, mas só para bandido chinfrim”.

 

 

 

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