28 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Chega ao fim a greve de professores nas universidades e institutos federais

Decisão foi tomada em assembleias realizadas neste domingo pelas entidades sindicais

Professores das universidades federais e dos institutos federais, além dos técnicos-administrativos dos institutos, decidiram encerrar a greve, que teve inicio em abril. Os profissionais chegaram ao consenso pelo fim da greve durante assembleias realizadas ao longo do fim de semana.

No sábado (22), na 193ª Plenária Nacional do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), técnicos e docentes dos institutos federais aprovaram a suspensão do movimento. E, neste domingo (23), foi a vez de o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) anunciar a decisão.

Eles só voltam ao batente, no entanto, após a assinatura dos Termos de Acordo com o governo federal.

O coordenador-geral do sindicato, David Lobão, explicou ao Correio que o próximo passo é informar, ainda hoje, ao governo sobre o resultado da assembleia. “Pela manhã, nós vamos entrar em contato com o governo para comunicar a nossa decisão. O próximo passo é assinar uma minuta de acordo, que se transformará em projeto de lei. Após a assinatura, os técnicos e docentes dos Institutos Federais do Brasil devem suspender a greve. Tentamos olhar sempre para o copo meio vazio e meio cheio, acreditamos que tivemos algumas conquistas com as nossas reivindicações, por isso decidimos pelo fim da greve”, explicou.

Apesar de a principal reivindicação dos técnicos — um reajuste salarial de 4% para este ano — não ter sido atendida, o Sinasefe decidiu aceitar o acordo que prevê um acréscimo de 4% para 2025. “Nossa maior conquista, que podemos até colocar no mesmo patamar salarial, é a revogação da Portaria 983/2020 que fala a respeito da jornada de trabalho do docente e sobre a possibilidade de pesquisa. Os IFs possuem muitos pesquisadores, e o número cresce a cada ano. A portaria proibia que esses professores realizassem pesquisas e projetos de extensão contando a jornada de trabalho. Se o profissional quisesse, teria que ser feito fora da carga horária, o que é muito difícil se pensarmos que eles cumprem uma carga de 40 a 46 horas por semana”, afirmou Lobão.