26 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Comandante do Exército: Repugno impunidade

Villas Bôas escreveu em rede social que o Exército “está atento às suas missões institucionais”

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou em rede social que repudia “a impunidade”. Ele escreveu que o Exército está ainda “atento às suas missões institucionais”, sem detalhar o que pretendeu dizer com a expressão.

O general fez duas postagens na noite desta terça-feira (3). Na segunda, afirmou: “Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”.

Na primeira postagem, o general escreveu: “Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do país e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?”.

Manifestação militar é proibida

Um decreto federal de agosto de 2002 que regula o comportamento de militares das Forças Armadas Brasileiras não permite a manifestação pública, sem uma autorização prévia, sobre política.

Trata-se do item 57 do anexo sobre a relação de transgressões: “Manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária.” O texto foi assinado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A regulação vale para toda a hierarquia, incluindo general.

Apesar disso, o presidente Michel Temer (MDB) afirmou que defende a liberdade de expressão e que desviar-se da Constituição é o que que mais prejudica o país.

“Vocês sabem que sou um cultor, digamos assim, quase escravo do texto da Constituição brasileira. Eu acho que o que dá estabilidade ao país é o cumprimento rigoroso daquilo que a soberania popular produziu ao criar o Estado brasileiro”, disse Temer.