12 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
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Congresso reforça semipresidencialismo na reunião dos 3 Poderes

Ao fim da reunião, as emendas ficaram e o governo vai continuar sofrendo a imposição de abrir o cofre.

Entre comes e bebes, além de tapas e beijos, a reunião dos três poderes na sede do Supremo Tribunal Federal (STF) teve momentos de capitulação.

Ou, quem sabe, todos aderiram à capitulação para preservar a máxima bíblica do “vão-se os anéis, mas ficam os dedos”.

Havia três situações na reta: O governo com minoria no Congresso se vacila sofre o impeachment; O STF, guardião da Constituição da República, depende de orçamento a ser aprovado pelo parlamento e ainda sofre ameaças de impeachment de ministros; e o próprio Congresso com uma grande leva de integrantes processados na justiça por crimes diversos, dependendo de julgamento do STF. 

Eles se entenderam sobre as emendas Pix, emendas de bancada e emendas de relator. O Congresso ficou de estabelecer o mínimo de transparência para os casos.

Só que de uma coisa os líderes do parlamento na reunião não abriram mão: as emendas são impositivas. O governo tem que abrir o cofre de todo jeito. Exatamente no rito do ou dá ou desce, mesmo.

E assim, se alguém capitulou, o Congresso reforçou sua estratégia do semipresidencialismo no Brasil.

E essa é uma emenda que tem tudo a ver com o soneto.