23 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Coronel assessor de Bolsonaro planejou utilizar 1.500 homens do Exército em golpe militar

“Vamos organizar, desenvolver, instruir e equipar 1.500 homens”, disse Ailton em mensagem para Élcio.

O golpistas: Coronel Élcio e o ex-major (expulso do Exército) Ailton Barros, que já está preso.

O golpe do dia 8 foi tramado dentro do Palácio do Planalto, dias antes de Jair Bolsonaro deixar o governo, por militares ligados ao presidente da República, a quem ele próprio chamava de irmãos, como o major Ailton Barros, que foi expulso da instituição, e o coronel do Gabinete Civil, Élcio Franco.

As provas estão nos áudios divulgados pela CNN que comprovam a ação palaciana dos assessores do presidente para instalar uma ditadura militar no Brasil, após a derrota de Bolsonaro nas eleições presidenciais.

De acordo com mensagens compartilhadas pela jornalista Daniela Lima, da CNN, o coronel chegou a dar sugestões de como mobilizar 1.500 homens para um movimento que impediria a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Franco e Ailton Barros ainda teriam ventilado a situação em que teriam que suplantar a autoridade do então comandante do Exército, Freire Gomes, que estaria com medo das responsabilidades de uma tentativa de golpe fracassada. Élcio então teria explicado como o comandante poderia se defender na justiça.
“Ele (Freire) deve dizer que não deveriam fazer (o golpe), vai para o tribunal de ‘Nuremberg’: ‘depois que ele (Bolsonaro) deu a ordem por escrito, eu como comandante da força tive que cumprir”, teria dito Élcio Franco.
Já Barros teria dito que era preciso convencer o comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia a prender o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
“Vamos organizar, desenvolver, instruir e equipar 1.500 homens”, disse Ailton em mensagem para Élcio.
Já Barros teria dito que era preciso convencer o comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia a prender o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. “Vamos organizar, desenvolver, instruir e equipar 1.500 homens”, disse Ailton em mensagem para Élcio.

Eles queriam também a prisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes