6 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
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Das barras de ouro aos diamantes árabes: mimos bolsonaristas ou corrupção?

A cega Dedé: -Misericórdia!  Os evangélicos: -Aleluia, irmãos!  E o cão chupando manga, implacável: É propina da corrupção!

Martelo batido: Bolsonaro vendeu refinaria por subpreço

Poderia ser um caso clássico, mas não é. Porém, é muito claro.

O governo tem uma refinaria de petróleo que vale US$ 4 bilhões e a vende a um conglomerado estrangeiro por US$ 1,65 bilhão. Isso por si só já se revela um negócio mais que generoso.

Poderia ter sido um negócio da China, mas não foi.

No entanto, foi exatamente isso que aconteceu em 30 de novembro de 2021, logo depois do retorno do Oriente Médio da comitiva do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Lá se bateu o martelo da venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e seus ativos logísticos associados, localizada em São Francisco do Conde, na Bahia, para o Mubadala Capital, fundo financeiro de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

A comitiva comandada pelo Ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, voltou dos Emirados trazendo nas malas de auxiliares “mimos” dos ditadores árabes para o casal Bolsonaro-Michelle.

Só não contavam com a inspeção das malas na alfândega, em São Paulo. O resultado é que um dos pacotes, recheado de joias e diamantes, foi apreendido pela Receita Federal, após ser avaliado em R$ 16,5 milhões.

Um outro pacote conseguiu passar, sem ser descoberto, e foi entregue no Palácio do Planalto por um “estafeta” do ministro Bento Albuquerque, mediante recibo agora apresentado.

Nesse último tinha abotoaduras e até um rosário de diamantes, provavelmente, para as orações “enriquecedoras” de sua excelência, o capitão governante.

Como o primeiro não foi liberado, o segundo tomou “doril” e sumiu sem que fosse registrado – na forma da lei – ao patrimônio do governo brasileiro.

Mas e o “mimo” de Michelle? Estava lá na Receita Federal em São Paulo, aguardando uma declaração oficial do governo brasileiro para que se tornasse um bem público, doado pelos compradores da refinaria.

Para tirá-lo de lá sem a tal declaração, Jair Bolsonaro fez todas as manobras possíveis. Usou o ministro, auxiliar de ministro, o secretário geral da Receita e, às vésperas de fugir para os Estados Unidos, usou um avião da FAB com um sargento para intimidar os servidores da receita em São Paulo. A ordem era trazer o pacote de qualquer jeito.

Não deu pé. O emissário voltou com as mãos abanando, depois de afirmar aos técnicos da Receita “que isso não pode ficar para o outro governo”.

Foram 8 tentativas para resgatar da alfândega o pacote de R$ 16,5 milhões, “talkei”?

Enfim, mais uma vez, tornou-se óbvio o que sempre esteve explícito, desde as rachadinhas familiares.

Assim como foram as cobranças de 1 dólar por cada dose de vacina comprada, para combater a Covid, além das propinas em barras de ouro no Ministério da Educação.

A cega Dedé: -Misericórdia!  Os evangélicos: -Aleluia, irmãos!  E o cão chupando manga, implacável: É propina da corrupção!

Agora, diga aí!