(*) De acordo com levantamento do Datafolha, feito nos dias 4 e 5 de julho, 58% dos entrevistados não vêm ou não sabem de nenhuma ação positiva que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tenha feito em seis meses de governo. À pergunta aberta, de resposta livre: ‘O que Bolsonaro fez de melhor em 6 meses de governo?’, 39% dos entrevistados responderam “NADA” e 19% disseram não saber – não conseguiram citar sequer alguma coisa boa. Somados os dois grupos, tem-se um percentual de 58% dos entrevistados que não vêm ou não sabem de nenhuma ação positiva nesses 200 dias de governo.
A pesquisa enquadra uma parcela de 16% dos entrevistados na categoria ‘OUTROS’ – onde se situam, por exemplo, aqueles que não quiseram responder. Na avaliação positiva, apenas 8% dizem que a segurança melhorou; 7% mencionaram a reforma da Previdência; 4% afirmam que houve combate à corrupção; 2% citaram a política externa e 5% se distribuíram em respostas como: ministros, bolsa família, fim do horário de verão, nomeação de Moro e rodovias, na cota de 1% para cada uma dessas respostas.
De acordo com a pesquisa, a avaliação de que Bolsonaro não fez nada até agora é maior entre as mulheres e pessoas com apenas o ensino fundamental (45%); entre negros (46%; no Nordeste (47%); entre adeptos de religiões de matrizes africanas (52%) e entre os que avaliam o governo como ruim ou péssimo (76%).
Entre os que afirmam que votaram em Bolsonaro no segundo turno, 17% disseram não ter nada a destacar de muito positivo. Os decretos das armas aparecem em primeiro lugar entre as iniciativas ruins, mencionados por 21% dos entrevistados. O repúdio é maior entre os negros (25%); entre os que avalia o governo como ruim ou péssimo (27%) e entre os espíritas (28%).
A pesquisa ouviu 2.860 pessoas com mais de 16 anos, em 130 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o índice de confiança é 95%.
País dividido
Curiosamente, a pesquisa mostra a tendência de divisão no Brasil, que está rachado em três. Segundo números de 8 de julho, para 33%, o presidente faz um trabalho ótimo ou bom. Para 31%, regular, e para outros 33%, ruim ou péssimo. Com variações mínimas, é o mesmo cenário que se desenhou três meses atrás, no mais recente levantamento do instituto.
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