O ministro Edson Fachin ativamente faz a defesa do STF (Supremo Tribunal Federal), cada vez mais atacado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus apoiadores.
E de sua residência em Curitiba, em entrevista à colunista Carolina Brígido, do UOL, Fachin diz que está preocupado com o ressurgimento do populismo no Brasil.
Ele acredita que o momento é “difícil e grave”. E considera “lamentável” a participação de Bolsonaro em manifestações que pedem o fechamento do Supremo.
“Creio que o Brasil vive uma hora difícil e grave. Nós teremos um bom teste para as instituições democráticas nos próximos meses e nos próximos tempos”. Edson Fachin, ministro do STF.
O ministro vai presidir o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por seis meses no ano que vem e em agosto, passará o bastão a Alexandre de Moraes, que comandará as eleições.
Para Fachin, é um atentado contra a democracia a fala de Bolsonaro de que não aceitará qualquer resultado nas urnas que não seja sua vitória. Mas o ministro não reserva apenas críticas ao mandatário. Ele concorda com a proposta de Bolsonaro de restringir à Justiça o poder de remover conteúdos e usuários de redes sociais.