Embora condenado por 5 a 1 pelo pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que indeferiu o registro da candidatura de Ronaldo Lessa (PDT), ainda assim ele vai continuar na disputa pela reeleição de deputado federal, até a decisão final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para onde o caso será levado.
Lessa teve seu pedido de registo cassado em função de uma condenação em instância superior. O Supremo Tribunal Federal (STF) o condenou em um processo movido pelo ex-governador Teotônio Vilela Filho, em 2010. Lessa foi acusado de praticar crime de calúnia e injúria eleitoral.
O caso foi relatado no TRE pela desembargadora Silvana Omena. Nos autos consta que em 2010 o comitê de Ronaldo Lessa teria sido invadido e alguns objetos foram roubados durante a ação criminosa. À época, Lessa teria atribuído o ato ao seu concorrente no pleito, o então governador e candidato à reeleição Teotônio Vilela Filho (PSDB).
Passaram-se 4 anos para o que o TRE julgasse o processo movido contra Lessa por Teotônio Vilela Filho. O TRE o condenou em 2014 a 8 anos de detenção, revertidos em prestação de serviços à comunidade e também o pagamento de 20 salários mínimos.
Por não concordar com o julgamento, Ronaldo Lessa recorreu ao TSE que manteve a decisão do tribunal alagoano. O caso foi parar no STF, onde Lessa perdeu mais uma vez.
Agora, Lessa vai ao TSE para reverter a cassação do registro de sua candidatura, mas tem muito poucas chances de reverter a situação.