23 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Emissões de carbono disparam com incêndios na Amazônia e Pantanal

País fechará ano em patamar próximo ao de recorde registrado em 2007

Os incêndios na Amazônia e Pantanal, considerados os piores em quase duas décadas, provocaram um disparo de emissões de carbono do Brasil. Isso segundo o observatório Copernicus, da União Europeia.

As emissões relacionadas às queimadas em 2024 chegaram a 183 megatoneladas de carbono, ultrapassando a média anual da série histórica, que é de cerca de 161,6 megatoneladas. Mesmo com os dados sendo de 19 de setembro.

Por causa disso, de junho a agosto deste ano, grande parte do Norte e do Centro do Brasil registrou temperaturas significativamente acima da média documentada de 1991 a 2020, com anomalias que chegam a mais 3°C. Por outro lado, vários pontos do Brasil, além das regiões andinas, tiveram redução da umidade do solo.

No ano passado inteiro, os incêndios florestais no país emitiram aproximadamente 152,8 megatoneladas de carbono. O resultado de 2024 se encaminha, assim, para um patamar “semelhante ao ano recorde de emissões de 2007”, quando foram registradas 362 megatoneladas de carbono.

O resultado do mês foi puxado sobretudo pela situação no Amazonas e em Mato Grosso do Sul, onde o total anual estimado para as emissões de carbono já é o mais alto dos 22 anos de monitoramento, com, respectivamente, cerca de 28 megatoneladas e 15 megatoneladas.

Os pesquisadores do Copernicus classificam a ocorrência desses incêndios como “fora do comum”, mesmo considerando que há geralmente um temporada de fogo na América do Sul de julho a setembro.

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