8 de julho de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Equipe da PGR vê provas de que Bolsonaro cometeu crime no caso PF

Para a equipe, a divulgação do vídeo fortalece a investigação

Para equipe, Bolsonaro cometeu crime de advocacia administrativa

Uma equipe da Procuradoria-Geral da República já avalia que as provas obtidas contra o presidente Jair Bolsonaro já caracterizam crime de advocacia administrativa. Estas provas são referentes a pressão para trocar membros da Polícia Federal.

A informação é do jornal O Globo. “Após ter acesso ao vídeo da reunião do conselho de ministros no último dia 22 de abril, ficou claro que Bolsonaro pressionou Sergio Moro para fazer mudanças em cargos na PF motivado por interesses pessoais — no caso, a preocupação em proteger familiares e amigos, verbalizada pelo próprio presidente na referida reunião”, afirmam procuradores.

As declarações que podem configurar crime de Bolsonaro foram ditas no último dia 22 de abril, em uma reunião ministerial em Brasília. Nela, o presidente diz que trocará quem for preciso da PF para evitar “foder” família ou amigos.

“Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui. E isso acabou. Eu não vou esperar foder minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final”, disse Bolsonaro, no vídeo.

Outra prova que corroboraria o crime é a mensagem enviada por Bolsonaro a Moro, citando como “mais um motivo para a troca” da direção-geral da PF uma notícia que mostrava que o inquérito das fake news está investigando deputados bolsonaristas.