28 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Bleine Oliveira

Falência do Grupo JL: fornecedores reclamam que foram prejudicados por decisão de juízes

Fornecedores de cana não ficaram muitos satisfeitos com a decisão dos juízes Leandro Folly, José Eduardo Nobre Carlos, Marcella Pontes e Phillippe Alcântara, da Justiça alagoana, que autorizaram o arrendamento da Usina Guaxuma por um consórcio formado pelos donos da Usina Coruripe e da Impacto Energia, empresa paulista, fundada em 2016.

Em manifestação divulgada pelo jornalista Edvaldo Júnior, o presidente da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas (Asplana), Edgar Antunes, adiantou que a decisão prejudica os fornecedores. “A Justiça decidiu apostar na concentração dos negócios nas mãos de duas grandes empresas, contra outra proposta que contemplava centenas de fornecedores de cana” – reclamou Antunes.

O empresário foi ainda mais longe ao sugerir que os magistrados – que atuam no processo de falência da Laginha Agroindustrial, do Grupo JL, devem analisar melhor a proposta da Impacto Energia. “Além de ser de fora, essa empresa não tem tradição no setor canavieiro. Ela se propõe a utilizar a usina Guaxuma para gerar energia, o que na situação de hoje é inviável” – afirmou o presidente da Asplana.

Segundo ele, as caldeiras da Guaxuma não são adequadas à geração de energia. “Para isso, será necessário investir mais de R$ 200 milhões” – alerta Edgar Antunes. A usina fica entre os municípios de Teotônio Vilela e Coruripe.