20 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Febraban e Fiesp condenam atos golpistas e defendem democracia

Contrariado, Bolsonaro manda Banco do Brasil e Caixa romperem com a Febraban

O inusitado da intolerância institucional e do culto às regras antidemocráticas chegaram explicitamente dentro do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, depois que a Febraban lançou um manifesto em defesa da democracia no País.

A Federação Brasileira dos Bancos lançou um manifesto intitulado ” A Praça é dos Três Poderes”, contra atos golpistas e em defesa da democracia no Brasil.

O resultado é que a Caixa e o BB não só votaram contra como romperam com a entidade e se retiraram, numa clara demonstração da absorção da cultura do ódio e intolerância contra o estado democrático de direito no País.

O rompimento do BB e da Caixa foi incentivado pelo presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

No governo, o manifesto, organizado pelo presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, é visto como um “acinte”, pois, segundo assessores do Palácio do Planalto, “tem o claro objetivo de atingir o presidente Bolsonaro”. Para esses auxiliares do presidente, a pressão política sobre o governo é “inaceitável”. Eles dizem que Bolsonaro “tem o direito de confrontar os excessos cometidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF)”.

Mas, tanto os bancos quanto as empresas afirmam que o governo se transformou em uma central de crises, e isso está minando a capacidade do país de retomar o crescimento econômico. O Planalto rebate: diz que a economia está em franco processo e recuperação e criando milhares de empregos formais.

Mas, no documento assinado pela empresas e os banqueiros investidores do mercado reforçam a preocupação com o momento atual do País. Veja um trecho:

As entidades da sociedade civil que assinam este manifesto veem com grande preocupação a escalada de tensões e hostilidades entre as autoridades públicas. O momento exige de todos serenidade, diálogo, pacificação política, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer, a gerar empregos e, assim, possa reduzir as carências sociais que atingem amplos segmentos da população.