6 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

Guedes: Preservar economia não significa sair do isolamento

Ministro assegurou que não faltará dinheiro para a saúde enquanto durar a pandemia

O isolamento social não precisa ser abandonado e pode ser conciliado com a preservação da atividade econômica, disse hoje (20) o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Em videoconferência com investidores, ele se disse otimista com a recuperação da produção e do consumo e ressaltou que não faltará dinheiro para a saúde durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Segundo o ministro, as medidas de preservação do emprego e de auxílio às camadas mais vulneráveis da população ajudarão a manter os “pontos vitais” da economia de forma a tornar possível a saída da crise da melhor forma possível.

Ele se disse otimista com o trabalho da equipe econômica e afirmou que as medidas tomadas no primeiro ano de governo facilitarão a recuperação.

“A economia está com mais força do que se está pensando, porque ela já estava começando a se mover. E, se nós preservamos os sinais vitais da economia, não significa sair do isolamento. Temos de pensar nisso também. São duas dimensões”, Paulo Guedes, ministro da Economia.

Na avaliação de Guedes, um dos sinais de que a recuperação econômica é viável está na manutenção das exportações para a China, nosso maior parceiro comercial e principal destino dos produtos brasileiros.

“Não sabia que seria uma pandemia, mas vale observar que até o momento não há queda nas exportações”. Paulo Guedes.

O ministro admitiu que a crise foi maior que o esperado, mas defendeu a atuação da pasta assim que a dimensão dos impactos da covid-19 foi percebida.

“Como no Brasil temos zika, dengue, eles têm lá a gripe suína, a gripe aviária e teria sido a covid-19 um problema [apenas] na China. Quando caiu a ficha de que era uma pandemia, no dia seguinte tomamos conhecimento da dimensão trágica, montamos o grupo e começamos a disparar as medidas”. Paulo Guedes.

Saúde

O ministro assegurou que não faltará dinheiro para a saúde enquanto durar a pandemia. Em relação à recuperação econômica, Guedes afirmou que o governo terá de acelerar as reformas estruturais – como a tributária, do pacto federativo e a administrativa – para criar um ambiente mais favorável ao investimento privado.

Ele pediu que, a partir do segundo semestre, o Congresso aprove mecanismos para reequilibrar as contas públicas e prometeu acelerar o programa de privatizações para reduzir o endividamento do governo com as políticas emergenciais.

“A velocidade de escape desse buraco negro dependerá do prosseguimento das reformas. Se não acelerar com as reformas estruturantes, não teremos apenas um ano de pesadelo”. Paulo Guedes.

Agência Brasil