A entrevista do candidato a presidente Fernando Haddad (PT) no Jornal Nacional, da TV Globo, sofreu 62 interrupções dos entrevistadores. Haddad foi questionado sobre os casos de corrupção envolvendo a administração do PT no governo federal.
Os entrevistadores William Bonner e Renata Vasconcelos citaram nomes do partido investigados, condenados ou presos e perguntaram se Haddad poderia fazer uma autocrítica sobre esses casos.
Ex-Ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Haddad destacou que o “financiamento empresarial de campanhas criou uma série de brechas para enriquecimento pessoal. Muitas pessoas são investigadas. Mesmo se não for em função de um indício a Rede Globo condena por antecipação. Qual a pessoa que está na vida pública que não está investigada?”
Ele ainda lembrou aos investigadores, que cortavam a palavra no meio das respostas, que a Rede Globo de Televisão também é investigada em um caso de corrupção envolvendo à Copa do Mundo e a Fifa.
O candidato petista foi questionado sobre o discurso do PT de que o Judiciário estaria conspirando contra a legenda ao mesmo tempo que a sigla nomeou grande parte dos membros atuais da Justiça.
“Nunca partidarizamos o Judiciário, nunca nos importamos se ia votar a favor de A ou B, se ia perseguir A ou B. Isso não significa que o Judiciário não possa errar, os recursos são previstos para corrigir os erros”, declarou.
Sobre o fato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ter deixado o governo com mais 11 milhões de desempregados, Haddad afirmou que a crise econômica foi causada porque o PSDB trabalhou pelo impeachment da petista.
“O PSDB não vai sabotar o governo eleito em 2018, como fez em 2014. A recessão de 2015 e 2016 foram causadas por causa das pautas bombas e a sabotagem que ela sofreu. Isso é reconhecido pelo ex-presidente do PSDB Tasso Jereissati. Ele admitiu em entrevista que foi um erro o PSDB ter aprovado pautas bomba e ter embarcado no governo de Michel Temer.”