O oba-oba de uma campanha eleitoral, versus a reação do eleitorado, é recheado de incongruências e hipocrisia de uma gente completamente desprovida de noção.
Mas, infelizmente, esse é o ambiente que a política proporciona, aliada ao jogo de interesses de candidatos e candidatas ao dos eleitores, sejam eles ricos ou pobres.
Coerência é pé de cobra.
Seja com os majoritários ou proporcionais o enredo é um só: vale tudo para chegar lá. Até pisar no pescoço da mãe, desde que o candidato não apareça como o responsável.
E aí vem a pesquisa divulgada em rede nacional com a informação de que 70% dos brasileiros não sabem em quem votar para deputado federal e estadual.
O que só demonstra que a maioria do eleitorado, além de alheia aos candidatos, vive portanto à espera daquela famosa hora do “se me dão”.
E isso acontece de forma despudorada de candidatos e também eleitores, os quais, de política, só conhecem mesmo o santinho entregue no dia da votação, para a devida cola na digitação do voto.
O santinho é simbólico, a cola é real e quem paga por ela também.
E nessas eleições há verbas secretas para inundar mar e sertão. Bem ao gosto do rico e do pobre.
E nesse processo há famílias inteiras envolvidas querendo mater o status do poder.
In vero veritas, com o beneplácito institucional.