Mais de 48 horas, desde que começou o novo incêndio na GranBio, localizada no município de São Miguel dos Campos, o estoque de palha – matéria prima usada pela empresa para produzir etanol, continua em combustão.
O fogo começou na noite do sábado, segundo divulgado pela própria empresa, e durante todo o domingo o trabalho das equipes de brigadas contra incêndio foi intenso, mas os focos de fogo e a fumaça densa continuam, no local.
Esse é o terceiro grande incêndio registrado em menos de dois meses, na empresa que se instalou em Alagoas, em setembro de 2014, para produzir biomassa à base de resíduos da cana de açúcar.
HISTÓRICO
No dia 10 de novembro de 2015, o primeiro incêndio queimou boa parte do estoque de palha de cana, que serve de matéria prima para a produção do biocombustível (etanol). Foram necessários cinco dias de muito trabalho para controlar a propagação do fogo.
No dia 3 de dezembro, quando tudo parecia sob controle, um novo incêndio voltou a queimar grandes lotes da matéria-prima da produção da empresa.
Pelas duas ocorrências anteriores, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) aplicou multas na GranBio, totalizando R$ 570 mil. Agora uma nova multa está sendo definida, e desta vez, considerando a reincidência, o que torna o valor ainda mais alto.
INTERDIÇÃO
E não são só as multas que constituem penalidades para a empresa. Hoje, o IMA interditou o Centro de Distribuição de Palhas, em decorrência dos prejuízos ambientais provocados pelos incêndios. Em nota curta e seca, a GranBio diz que irá providenciar um novo espaço de armazenamento, tão logo volte a colher palha, “o que deve ocorrer nas próximas semanas”.
E esclareceu que a decisão do IMA não suspende a retirada de matéria-prima do local. Ou seja, no entendimento da empresa, a palha continuará a abastecer a Bioflex, que segue em atividade, segundo afirma a nota.
No entanto, de acordo com o IMA, somente o acesso de máquinas ao local interditado será permitido, mas a entrada e saída de palha estão proibidas, enquanto durar a interdição.