Durante sua live semanal, realizada nesta quinta-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro (PL) adotou, novamente, a estratégia de culpar os governadores pela crise econômica sentida no Brasil.
“Inflação tá no mundo todo. Essa crise, esses problemas né, a pandemia. A péssima condução por parte de muitos governadores levaram ao caos. Se não fôssemos nós, ao conceder o auxílio emergencial lá em 2020, e uma parte de 2021, como estariam as pessoas?”, comentou.
Bolsonaro não queria dar auxílio para os pobres e só consentiu após pressão do Congresso Nacional e partidos da oposição, que aprovaram um projeto de lei.
O chefe do executivo questionou, ainda, o que os governadores ‘simpáticos ao Lula’, fizeram. “E, agora, vêm uns candidatos aí, que nem são governadores, e querem colocar a culpa em mim. Na inflação, nos combustíveis, no preço da energia elétrica. O que os governadores que são simpáticos ao Lula fizeram? Impuseram as maiores medidas restritivas em todo país”.
Seguindo a narrativa de ataques, Bolsonaro partiu para o presidente da Argentina, Alberto Fernández. “Na nossa querida Argentina, se cria mais um imposto sobre lucros inesperados. Eu não sei o que é isso. Lamentavelmente ladeira abaixo. Na Argentina também, de acordo com o jornal Jovem Pan, o preço da carne aumentou 235% no governo Fernandez. A Argentina é um produtor e exportador de carne. No Brasil aumentou? Aumentou. Mas não foi tudo isso”.
‘O chefe do Executivo mente’
Quem configura a oposição não está sozinho na mira de ataque de Bolsonaro, nesta quarta-feira (27), o mandatário se confundiu e disse que o Brasil tem um ‘chefe do Executivo que mente’, fazendo referência a si mesmo.
A afirmação foi feita durante uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto, para atacar o ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os ataques de Bolsonaro ao STF, prefeitos, governadores e até outros presidentes, vêm se intensificando com a chegada no ano eleitoral. Em tom político, o presidente se esforça para justificar a alta de preços e o crescimento inflacionário