7 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Intervenção no Rio de Janeiro para votação da Reforma da Previdência

Decreto de Temer foi discutido com líderes políticos do Congresso

O presidente Michel Temer com medo de uma derrota no projeto de reforma da previdência, acertou com os líderes do Congresso uma intervenção militar no Rio de Janeiro.

Foi a saída “honrosa” para o processo, uma vez que com a intervenção a Câmara terá que suspender a votação de todo e qualquer projeto de interesse público, incluindo a reforma da previdência.

O decreto de intervenção do presidente da República dar as forças do Exército a licença para matar nos níveis de confronto. O rio vive uma situação de insegurança descontrolada pelo governo do Estado, diante da ocupação das favelas pelo traficantes de drogas.

Temer e Maia: a felicidade.

Esta é a primeira vez, desde a redemocratização do Brasil em 1988, que a medida é tomada pelo governo.

A decisão de Temer, após ouvir seus assessores palacianos imediatos, foi tomada após reunião de cerca de 7 horas na noite desta 5ª feira (15.fev.2018) e na madrugada desta 6ª feira (16.fev.2018), no Palácio do Alvorada.

Participaram do encontro com Temer os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Moreira Franco (Secretaria Geral), Dyogo Oliveira (Planejamento), Torquato Jardim (Justiça), Raul Jungmann (Defesa) e Sergio Etchegoyen (Segurança Institucional) e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).

Exército nas ruas…

A reunião no Alvorada foi tensa. Maia, que é fluminense, fez duras críticas por não ter participado do processo de decisão. Antes do encontro, Moreira, Jungmann e Etchegoyen foram ao Rio e fizeram os acertos com o governador Pezão e o general Braga Netto.

Temer cogitou desistir da intervenção, por conta da forte reação do presidente da Câmara. Pezão e Jungmann convenceram Rodrigo Maia, em conversa ao pé do ouvido.