9 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Expresso

Judiciário inicia Semana da Justiça pela Paz em Casa em Maceió

1º e 2º Juizados da Mulher pautaram 208 audiências de processos envolvendo violência doméstica; ação segue até 8 de março

O Poder Judiciário de Alagoas deu início, nesta segunda (4), à Semana da Justiça pela Paz em Casa. Na capital, o 1º e 2º Juizados da Mulher de Maceió pautaram 208 audiências de processos envolvendo violência doméstica e familiar.

A força-tarefa é coordenada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e segue até o dia 8 de março, quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher. A ação conta com a participação do Ministério Público e da Defensoria Pública.

Proteção da mulher

A juíza Soraya Maranhão, titular do 1º Juizado da Mulher, destacou a importância do andamento dos processos como uma ação de combate à violência.

“Esta semana é voltada às ações de prevenção e também de combate à violência doméstica. Estamos realizando as audiências para combatermos essa violência, ouvindo as mulheres e os acusados, e dando uma resposta a essas vítimas”.

Juíza Soraya Maranhão destacou a importância do andamento dos processos. Foto: Caio Loureiro.

Denunciar é preciso

“Quando partiu para agressão física, resolvi denunciar, não podia esperar pelo pior”, conta Fátima, que foi vítima de violência doméstica praticada por seu ex-companheiro, que a empurrou e a ameaçou com uma faca.

Ela conta que tudo começou com a violência psicológica, chegando à agressão. “Tivemos um relacionamento turbulento, onde existia violência psicológica e moral. Mas quando tivemos o último episódio em que ele partiu para agressão física, eu resolvi denunciar”.

O agressor foi preso em flagrante pela Polícia Militar, após a ligação da vítima. “Liguei para a Polícia e ele foi preso na hora. Nós não devemos ter medo de denunciar, porque se essas agressões continuarem, o pior pode acontecer e não poderemos fazer mais nada”.

Para ela, o julgamento do processo judicial é essencial para fazer cessar a violência contra a mulher. “Eu espero que, no mínimo, ele tenha aprendido com essa denúncia e não repita com mais ninguém”.

Audiências acerca de processos de violência doméstica também ocorrem em Arapiraca e demais unidades no interior do estado.