O Poder Judiciário de Alagoas deu início, nesta segunda (4), à Semana da Justiça pela Paz em Casa. Na capital, o 1º e 2º Juizados da Mulher de Maceió pautaram 208 audiências de processos envolvendo violência doméstica e familiar.
A força-tarefa é coordenada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e segue até o dia 8 de março, quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher. A ação conta com a participação do Ministério Público e da Defensoria Pública.
Proteção da mulher
A juíza Soraya Maranhão, titular do 1º Juizado da Mulher, destacou a importância do andamento dos processos como uma ação de combate à violência.
“Esta semana é voltada às ações de prevenção e também de combate à violência doméstica. Estamos realizando as audiências para combatermos essa violência, ouvindo as mulheres e os acusados, e dando uma resposta a essas vítimas”.
Juíza Soraya Maranhão destacou a importância do andamento dos processos. Foto: Caio Loureiro.
Denunciar é preciso
“Quando partiu para agressão física, resolvi denunciar, não podia esperar pelo pior”, conta Fátima, que foi vítima de violência doméstica praticada por seu ex-companheiro, que a empurrou e a ameaçou com uma faca.
Ela conta que tudo começou com a violência psicológica, chegando à agressão. “Tivemos um relacionamento turbulento, onde existia violência psicológica e moral. Mas quando tivemos o último episódio em que ele partiu para agressão física, eu resolvi denunciar”.
O agressor foi preso em flagrante pela Polícia Militar, após a ligação da vítima. “Liguei para a Polícia e ele foi preso na hora. Nós não devemos ter medo de denunciar, porque se essas agressões continuarem, o pior pode acontecer e não poderemos fazer mais nada”.
Para ela, o julgamento do processo judicial é essencial para fazer cessar a violência contra a mulher. “Eu espero que, no mínimo, ele tenha aprendido com essa denúncia e não repita com mais ninguém”.
Audiências acerca de processos de violência doméstica também ocorrem em Arapiraca e demais unidades no interior do estado.