28 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Justiça

Júri condena dois réus e absolve um por morte de advogado em Maceió

Réus já estão presos desde 2018, ano da morte de José Fernando Cabral de Lima

Ascom/TJ

Foram mais de 30 horas de julgamento em Maceió até se chegar ao veredito: a Justiça condenou, na madrugada desta quinta-feira (20), dois dos três réus acusados de participação no assassinato do advogado José Fernando Cabral de Lima.

O advogado foi assassinado em 2018, no bairro da Ponta Verde, na parte baixa da capital. De acordo com os autos, ocorreria uma reunião entre Sinval e José Fernando numa casa de câmbio. Réu e vítima eram sócios de um escritório de advocacia.

A sessão foi presidida pelo juiz José Braga Neto e a sentença lida por volta das 2h30.

O juiz José Braga Neto fixou a pena de Sinval José, apontado como mandante do crime, em 19 anos e 10 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado.

Irlan Almeida foi condenado a 9 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão. Considerando a pena total e o tempo já cumprido, Irlan passa a cumprir o restante da pena em regime aberto. O réu Denisvaldo Bezerra da Silva Filho foi absolvido pelos jurados.

Durante o julgamento, foram ouvidas 14 testemunhas e declarantes, um perito apontado pela defesa e os três réus, além das sustentações da acusação e da defesa. O júri começou por volta das 9h da manhã da quarta-feira (19) e terminou após as 2h da manhã de quinta.

José Fernando foi assassinado em uma casa de câmbio, em Maceió, em 3 de abril de 2018. Sinval e Fernando eram sócios em um escritório de advocacia. Segundo a acusação, Sinval devia R$ 600 mil à vítima, e por isso teria encomendado o homicídio, disfarçado de assalto.

Viúva

Dentre as testemunhas que deram depoimento estava a esposa da vítima, Lenilde Madeiro Cabral. Ela informou que o marido tinha sido alertado, uma semana antes do assassinato, e que corria perigo.

O alerta teria ocorrido por meio de um bilhete. Os autos processuais apontam que o crime teria ocorrido por causa de um débito que Sinval tinha com a vítima de R$ 600 mil, o que foi negado pela defesa.

O réu Irlan Almeida de Jesus foi o último a depor nessa quarta-feira (19). Em depoimento, ele negou que tenha participação direta no crime, mas afirmou que foi procurado por Sinval José Alves para que ele sugerisse um “matador” para realizar um serviço.

Os réus já estão presos desde 2018.