18 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Justiça concede saída temporária para Lula ir ao velório do neto em SP

Arthur, de 7 anos, era filho de Sandro Luis Lula da Silva, filho de Lula e da ex-primeira-dama Marisa Letícia

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi autorizado, nesta sexta-feira (1), a sair temporariamente da prisão, na Polícia Federal em Curitiba, para ir ao velório e enterro do neto.

A autorização foi concedida com base na Lei de Execução Penal, que estabelece a previsão de saída temporária de presos para velórios e enterros de familiares, incluindo descendentes.

Ele seguirá para São Paulo em aeronave do governo do Paraná, cedida a pedido da Polícia Federal, pelo governador Ratinho Júnior (PSD).

A informação da morte de Arthur Araújo Lula da Silva, 7 anos, foi confirmada pelo Hospital Bartira, do grupo D’Or, em Santo André, Grande São Paulo.

“O Hospital Bartira informa que o paciente Arthur Araújo Lula da Silva, de 7 anos, veio a óbito às 12h11, devido ao agravamento do quadro infeccioso de meningite meningocócica. O paciente havia dado entrada às 7h20 desta manhã com quadro instável” Nota do Hospital Bartira.

Arthur era filho de Sandro Luis Lula da Silva, filho de Lula e da ex-primeira-dama Marisa Letícia, e de Marlene Araujo Lula da Silva.

Os advogados de Lula afirmaram que vão entrar com pedido para que o ex-presidente deixe a Superintendência da PF em Curitiba, onde está preso desde 7 de abril de 2018, para acompanhar o velório e o enterro.

Irmão

Em 30 de janeiro deste ano, chegou tarde demais a autorização para que ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fosse a São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, onde fora enterrado o irmão Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá.

“Lula não perdeu o enterro. Foi impedido de ir”, disse o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Apenas 15 minutos antes do enterro o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli autorizou Lula a se encontrar com familiares.

Lula já havia perdido o velório, que começou às 18h da última terça (29), e segundo Toffoli, teria “o direito de se encontrar exclusivamente com os seus familiares, na data de hoje, em Unidade Militar na Região, inclusive com a possibilidade do corpo ser levado à referida unidade militar, a critério da família”.

O presidente em exercício Hamilton Mourão disse nesta terça-feira (29) que via com naturalidade a possibilidade da saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão para acompanhar o enterro do irmão.

Para o general Mourão, trata-se de “uma questão humanitária. A gente perder um irmão é sempre uma coisa triste. Eu já perdi o meu e sei como é. Se a Justiça considerar que está ok, não tem problema nenhum”, disse.