No ranking de saúde econômico-financeira entre as concessionárias de energia elétrica do País, a Ceal ocupou o penúltimo lugar no seu desempenho financeiro. Só a Ceron, de Rondônia, fico atrás as Eletrobras Distribuição Alagoas. As do Ceará e Paraíba lideram o ranking.
O levantamento divulgado nesta terça-feira (11), pela TR Soluções, se baseia na avaliação de 48 aspectos de acordo com as regras da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e toma como referência o desempenho de 2017.
Logo, é medido a capacidade das distribuidoras de honrarem suas obrigações, se há caixa suficiente para pagar custos, investimentos, dívidas captadas, expansão e melhoria do serviço prestado.
A Ceal conta com 1,2 mil trabalhadores diretos e cerca de 700 indiretos, segundo levantamento do Sindicato dos Urbanitários de Alagoas e vem acumulando diversas dívidas ao longo dos anos, chegando ao montante de R$ 1,5 bilhão.
A União pagou 50% referente ao valor da compra e não foi quitado os outros 50%. O valor chega a R$ 2 bilhões, que o Estado deverá recorrer na Justiça.
O governador Renan Filho (PMDB) assegurou que o governo tem não interesse em assumir novamente o comando da Companhia Energética de Alagoas (Ceal).
Leilão
Depois de consultar o presidente eleito, já diplomado, Jair Bolsonaro, o presidente Michel Temer lançou o edital de privatização da Ceal. A informação foi divulgada no plenário da Câmara pelo deputado federal Paulão (PT-AL), que apresentou total solidariedade aos trabalhadores da distribuidora alagoana.
“Como eletricitário, ex-funcionário da Ceal, não poderia deixar de fazer esse registro e lamentar a atitude de Temer, cuja marca de governo tem se notabilizado pela perseguição aos trabalhadores e servidores públicos brasileiros, retirando-lhes, além dos direitos, os próprios postos de trabalho”. Deputado Federal Paulão.
Ainda segundo o deputado, Temer agendou o leilão da Ceal para o próximo dia 19, atendendo uma cobrança da própria equipe econômica de Jair Bolsonaro. “Lamento, mas vamos continuar na luta para mais essa batalha que se apresenta como mais um golpe contra os trabalhadores da Ceal em meu Estado”.