O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), conseguiu formar um bloco com 173 deputados, atraindo partidos de centro, direita e da base do governo Lula.
O grupo é composto pelo PP, União Brasil, PSDB-Cidadania, Solidariedade, Patriota, Avante, PDT e PSB. A iniciativa surge em resposta à criação de um bloco rival que uniu Republicanos, MDB, PSD, Podemos e PSC, esvaziando o poder interno de Lira.
A formação do novo bloco tem implicações na disputa pelo poder dentro do Congresso, na relação com o governo federal e na sucessão do presidente da Câmara em fevereiro de 2025.
O PT e o PL não participarão dos blocos, e o governo Lula trabalha para montar uma base de apoio sólida, sem interferir na disputa interna na Câmara. É estratégico para o governo ter partidos da base, como PSB e PDT, próximos de legendas independentes, para ter governabilidade.
A união dos partidos em blocos dá aos maiores grupos poder de mando na composição das comissões mistas, na Comissão de Orçamento e nas votações em plenário.
A sucessão de Lira também está em jogo, mas muita coisa pode mudar até fevereiro de 2025, quando está marcada a próxima eleição para o comando da Casa.